Essa tradicional casa no miolo da Vila Mariana foi construída na década de 1950 e, desde então, acumula um histórico de ações afirmativas e culturais, tendo abrigado reuniões do Clube Negro de Cultura Social e da Associação dos Negros do Brasil.

José Assis Barbosa, o saudoso “Borba”, que construiu e atualmente dá nome ao espaço, foi um jogador de futebol, ativista político, militante da causa negra, colaborador do jornal “Clarim da Alvorada” e um dos fundadores do Clube Negro de Cultura Social.

Além de oferecer oficinas de música, artes plásticas, rodas de samba, noites de forró e espaço para artistas demonstrarem seu trabalho, ao patrocinar o espaço, as marcas estão ajudando a preservar a cultura local e parte da história de um dos bairros mais tradicionais da cidade de São Paulo, que hoje começa a se tornar irreconhecível, com a incontrolável mudança da paisagem.

A casa se mostrou um ninho de talentos. Além de Borba e seus companheiros de luta, também viu crescer e abrigou o talento de José Luiz Luccas Barbosa, o sambista “Barbosa”, um dos compositores do icônico samba enredo “Embaixada de Sonho e de Bamba”, vencedor do carnaval de 1980 pela Mocidade Alegre e eleito o melhor samba do século XX pela Liga.

Para dar continuidade a essa história de luta, conquistas e realizações, neto de Borba e filho de Barbosa, o rapper Crespo MC, outro José – José Luiz Schener Barbosa – já escreveu seu nome na história do Rap paulistano e é o produtor cultural responsável por manter a Casa de Cultura José Assis Barbosa, também conhecida como Casa di Caboclo, pulsando no coração da Vila Mariana.